Tanto desejou uma vida bonita,
Que preocupava-se com isso a todo tempo...
Zangava-se com o sol,
Que de tão forte
O queimava a pele.
Em dias de chuva
A tudo xingava
Incomodava a ele,
A dança dos pingos,
Na janela.
Preocupava-se
com os planos que não davam certo
invariavelmente...
Contava seus dias
Por derrotas e desastres...
Não percebia ele que a vida lhe presenteava
Dia após dia
Com a graça do improviso,
Com a beleza serena
Da própria vida...
E quando percebeu
Que não podia segurar o tempo
junto as folhas do calendário,
Com um banho de chuva
resolveu contemplar a vida,
vivendo-a
e assim segue
chuva após chuva...
Chuva... nos liberta, nos lava, nos ama...
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