Tão vazio estar só
Tão vazio que é só
Tão pouco sou
tanto
Tão curto ser só
Tão breve seu
encanto
Tão longa a
saudade.
Tanta gente quer
pouco...
Um pouco de amor
Um pouco de
atenção
Um pouco de muito
abraço
Um pouco de
vontade...
Ter a liberdade
De
Sorrir depois
Do sabor doce
De um beijo,
O sorrir
Beijante
Do doce
De beijar
Sorrindo...
Tanta gente que
não sabe dar nenhum pouco...
Quanta gente é tão
só
Quando a gente é
tão pouco
E torto.
Tão raso, e leve
Que de tão livre
Nada leva...
Outro leviano,
Sem conhecer o
amor
Faz da leveza
Uma pena levada
pelo mar
E que pena do
mar..
Que com leveza
Permitiu-se dela
enamorar...
Acaba que a gente
é só
Feito um ponto só
Perdido na
imensidão
De si mesmo
E só
E de pouco,
Pouco se sabe de
ser pouco
Tanta gente é
tanto
Que simples
esquece
Pouco já é
tanto...
E de tanto se faz
nada
Tanto nada que
enche minha garganta
Faz-me berrar um
grande vazio
Gritar um
silêncio!
Repleta
Preenchida
Transbordando
vazio
Torno-me tão pouco
Que o só
Apenas completa
minha canção
De nota nenhuma
De coro solitário
Com doce
repetição...
Um vazio presente
em tudo
Tão só
Que de tanto
conhecer a solidão
A multidão se
torna só
De pouco
E de vazio
Torna-se tanto só
Hoje quero um
pouco de solidão
Só uma dose de si
mesmo
Um brinde a sua
solidão
A me fazer
companhia
Nessa noite cheia
de tão pouco...
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